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Ronaldo e Tévez integram grupo da Conmebol contra o racismo no futebol sul-americano

Ronaldo e Tévez integram grupo da Conmebol contra o racismo no futebol sul-americano

Foto: Conmebol

Ronaldo e Tévez participam de comitê da Conmebol contra o racismo no futebol. Grupo reúne ídolos e autoridades para discutir punições e ações efetivas.

A Conmebol reuniu, nesta quinta-feira, em Luque, no Paraguai, autoridades, dirigentes e ex-jogadores para formar um comitê permanente de combate ao racismo no futebol sul-americano. Entre os nomes que integram o grupo, dois ídolos com passagem marcante pelo Corinthians se destacam: Ronaldo Fenômeno e Carlos Tévez.

Ronaldo será o coordenador do comitê, que também contará com a presença de outras figuras históricas do esporte como Léo Moura, Mauro Silva, Dilma Mendes, Diego Lugano, Oscar Ruggeri e Claudio Caniggia. O objetivo central do grupo é desenvolver políticas efetivas para coibir manifestações racistas, atos de discriminação e violência nos estádios de futebol do continente.

O encontro foi motivado por um recente caso de racismo ocorrido durante uma partida da Libertadores Sub-20, quando o atacante Luighi, do Palmeiras, foi alvo de ofensas raciais por parte de um torcedor do Cerro Porteño. O episódio ganhou grande repercussão e acelerou a criação do comitê.

O Brasil foi representado por nomes de peso, como o embaixador José Marcondes de Carvalho, o ex-jogador Washington — atualmente presidente da Associação Paulista de Futebol — e Luiz Felipe Jesus de Barros, chefe de gabinete da ministra Anielle Franco. O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, participou por videoconferência e sugeriu punições esportivas, como a perda de pontos para clubes envolvidos em casos de racismo.

Ronaldo, porém, se mostrou cauteloso quanto à proposta. Para o ex-jogador, ainda é necessário aprofundar o debate e avaliar as implicações jurídicas das sanções esportivas. Ele defende punições mais duras, mas acredita que a perda de pontos pode penalizar atletas inocentes.

“Vamos discutir mais sobre isso. Não vejo a punição esportiva como solução viável neste momento. Precisamos estudar a questão jurídica e buscar medidas que realmente sejam eficazes no combate ao racismo, sem prejudicar os profissionais que não têm envolvimento direto nos casos”, afirmou Ronaldo durante a reunião.

A iniciativa da Conmebol é um passo simbólico e prático diante de uma das maiores chagas do futebol atual. Com a presença de ex-atletas que vivenciaram o ambiente dos estádios e conhecem os bastidores do futebol sul-americano, a expectativa é que o comitê consiga construir soluções que ultrapassem o discurso e se traduzam em ações concretas.

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