Corinthians prepara plano alternativo para quitar Arena caso vaquinha não atinja meta. Clube mantém naming rights com Neo Química até 2040; veja os detalhes.
O Corinthians segue buscando alternativas para quitar a dívida da Neo Química Arena e, segundo o diretor jurídico Vinicius Cascone, o clube já tem um plano estruturado que pode ser ativado caso a campanha de doações atualmente em andamento não atinja a meta prevista. A declaração foi feita durante entrevista à Rádio Bandeirantes na última sexta-feira.
De acordo com Cascone, o projeto, elaborado ainda em gestões anteriores, prevê maior participação da torcida no processo de quitação do estádio, algo que reforça o vínculo entre o clube e seus torcedores. Embora não tenha entrado em detalhes, o dirigente citou o fundo imobiliário da Arena como base da proposta, uma ideia que já havia sido cogitada na gestão de Duilio Monteiro Alves, quando foi discutida a possibilidade de vender 49% das cotas para torcedores se tornarem acionistas minoritários.
O clube optou por segurar a execução desse plano para não interferir na campanha de vaquinha organizada pela Gaviões da Fiel, que arrecadou até o momento R$ 38,8 milhões em cerca de quatro meses. A campanha segue ativa até maio, com meta estipulada em R$ 700 milhões, valor aproximado da dívida do estádio com a Caixa Econômica Federal.
Cascone destacou que, caso a arrecadação não alcance o valor necessário, o Corinthians colocará em prática o plano alternativo que já está em fase avançada de preparação. A prioridade, no entanto, é dar espaço à iniciativa popular, considerada uma demonstração de engajamento sem precedentes por parte da torcida.
Em relação à possibilidade de troca dos naming rights da Arena, o dirigente foi taxativo ao descartar essa hipótese. Segundo ele, o contrato com a Neo Química, do grupo Hypera Pharma, está em pleno vigor e vai até 2040. A parceria é considerada sólida e estratégica para o clube.
Enquanto o futuro da quitação do estádio ainda depende do sucesso da vaquinha ou da ativação do plano alternativo, o Corinthians segue apostando na força de sua torcida como peça-chave para solucionar de forma definitiva um dos maiores passivos de sua história recente.