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Futebol Feminino

CBF afasta árbitro acusado de assédio e promete rigor após denúncia no Brasileirão Feminino

Brasileirão Feminino A1 2025
Foto: CBF

CBF afasta árbitro acusado de assédio e promete investigação rigorosa após denúncia de jogadoras do América-MG

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) se posicionou com firmeza após uma grave denúncia de assédio registrada por jogadoras do América-MG, durante a estreia do clube no Campeonato Brasileiro Feminino A1. A entidade afastou imediatamente o árbitro assistente Claiton Tim, da Federação Gaúcha de Futebol, e garantiu que, se confirmada a culpa, ele será banido da arbitragem. A CBF também solicitará a abertura de investigações rigorosas pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e pelas autoridades policiais.

Em nota oficial divulgada neste domingo (23), a Comissão de Arbitragem da CBF reafirmou seu compromisso no combate ao assédio e a todo tipo de preconceito no futebol. A medida veio após jogadoras do América-MG registrarem boletim de ocorrência em Bento Gonçalves (RS), onde ocorreu a partida contra o Juventude, no sábado (22). Segundo o clube mineiro, Claiton Tim teria feito comentários e piadas de cunho sexual, usando o rádio comunicador da arbitragem antes do início da partida.

A denúncia causou grande indignação. Em comunicado oficial, o América-MG declarou profundo repúdio ao episódio, classificando o comportamento do árbitro como “repugnante” e “absolutamente inaceitável”. O clube afirmou que as falas ocorreram na presença de outros membros da equipe de arbitragem e ressaltou que, nesta segunda-feira (24), entregará à CBF um ofício formal relatando o ocorrido. A diretoria ainda reforçou que está à disposição para colaborar com as investigações.

A arbitragem da partida contou com a árbitra principal Jenifer Alves de Freitas, os assistentes Cassio Pires Dornelles e Claiton Tim, além do quarto árbitro Eduardo Fernandes Bastos e o analista de campo Elio Nepomuceno de Andrade Junior.

O caso repercutiu fortemente nas redes sociais e entre representantes do futebol feminino, levantando debates sobre a segurança e o respeito às atletas. Especialistas e torcedores cobram ações mais firmes e estruturais para proteger jogadoras e promover um ambiente verdadeiramente profissional e seguro.

A resposta imediata da CBF é vista como um passo necessário, mas o desfecho do caso será determinante para mostrar o quanto o futebol brasileiro está disposto a combater de forma efetiva o assédio e garantir o respeito às mulheres dentro e fora de campo.