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Mundial de Clubes

América do Sul desafia a força financeira europeia no Mundial 2025

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O Mundial de Clubes da Fifa de 2025 marca um ponto de virada no futebol internacional, mas também acende um debate antigo: a América do Sul ainda pode competir de igual para igual com os gigantes europeus? Com clubes cada vez mais distantes em poder aquisitivo, a questão ganha força neste novo formato da competição.

Durante décadas, os clubes sul-americanos foram protagonistas no cenário global. Na era da Copa Intercontinental, entre 1960 e 2004, nomes como Santos, Flamengo, São Paulo, Boca Juniors e Peñarol conquistaram títulos e impuseram respeito diante dos maiores da Europa. No entanto, desde a reformulação da competição para o formato atual da Fifa, os títulos do São Paulo (2005), Internacional (2006) e Corinthians (2012) são raras exceções num período de ampla hegemonia europeia.

A diferença de forças é cada vez mais visível. Enquanto clubes como o Real Madrid ostentam elencos avaliados em mais de US\$ 1,5 bilhão, os times mais valiosos da América do Sul, como Palmeiras e Flamengo, não passam de US\$ 290 milhões. Essa diferença reflete não só nos salários e contratações, mas também em infraestrutura, preparação e poder de marketing.

Ainda assim, o talento sul-americano continua sendo um trunfo. Muitos dos grandes jogadores europeus vêm do continente. A diferença é que, ao chegarem à elite do futebol, quase sempre são contratados por clubes do Velho Continente. Luis Enrique, técnico do PSG, reconheceu recentemente que se esses atletas estivessem atuando em suas nações de origem, o equilíbrio competitivo seria muito maior.

Para os clubes da América do Sul, o novo Mundial é mais do que um torneio: é uma vitrine. Disputado nos Estados Unidos, o campeonato oferece uma exposição global sem precedentes, inclusive em um mercado estratégico que se prepara para a Copa do Mundo de 2026. É uma chance de atrair novos patrocinadores, torcedores e até investidores.

O argentino Juan Pablo Sorín destaca que o torneio vai além do desempenho em campo. Trata-se de uma oportunidade histórica de reafirmar a identidade sul-americana no futebol. O mesmo pensamento é compartilhado por Marcelo Gallardo, ídolo do River Plate, que vê no Mundial um desafio especial e carregado de simbolismo para quem ama o futebol com paixão.

Enquanto os milhões de euros concentram talento na Europa, a América do Sul aposta na tradição, na formação de jogadores e na força de sua história. A missão é difícil, mas não impossível. E, no fim, é essa essência competitiva que torna o Mundial de Clubes tão esperado.

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