Seleção Brasileira
Kaká, Rodrygo e Vini Jr.: a trajetória de Carlo Ancelotti com jogadores brasileiros

Novo técnico da seleção, italiano soma quase três décadas de parceria com atletas do Brasil e títulos marcantes ao lado deles
A relação de Carlo Ancelotti com o futebol brasileiro não começa agora. Confirmado como novo treinador da seleção, o italiano de 65 anos traz no currículo não apenas uma galeria de troféus, mas também uma lista extensa de colaborações com jogadores brasileiros que ajudaram a construir sua reputação de um dos maiores técnicos da história.
Ao longo de sua carreira, Ancelotti comandou 42 atletas brasileiros em diferentes clubes, em passagens por Itália, Inglaterra, França, Alemanha e Espanha. Muitos desses nomes não apenas vestiram a camisa dos times dirigidos pelo treinador, como também foram protagonistas em conquistas históricas.
O exemplo mais emblemático é Kaká, figura central no título da Liga dos Campeões de 2006/07 pelo Milan. Com a camisa 22, o meia foi artilheiro da competição e, meses depois, eleito o melhor jogador do mundo. Kaká é também o brasileiro que mais vezes atuou sob o comando de Ancelotti: foram 269 partidas, em duas passagens, no Milan e no Real Madrid.
Logo atrás vem Dida, goleiro titular daquele Milan multicampeão, com 266 jogos. Serginho e Cafu, também da geração dourada do clube italiano, completam a lista com 198 e 166 partidas, respectivamente.
Já na fase mais recente, no Real Madrid, outros nomes brasileiros ganharam protagonismo. Rodrygo, com 208 partidas, aparece à frente de Vinícius Júnior, que soma 197 jogos com o técnico. Éder Militão (131) e Marcelo (110) também figuram entre os mais utilizados. O zagueiro Alex, que trabalhou com Ancelotti no PSG e Chelsea, aparece com 95 jogos, enquanto o volante Allan, hoje no Botafogo, completa o top 10, com 87 atuações sob seu comando, entre Napoli e Everton.
A história entre Ancelotti e jogadores brasileiros começou ainda nos anos 1990. No dia 7 de setembro de 1996, pelo Campeonato Italiano, o Parma venceu o Napoli por 3 a 0. Na ocasião, duas substituições chamaram a atenção: entraram em campo Zé Maria e Amaral, ambos medalhistas olímpicos em Atlanta e nomes frequentes na seleção brasileira à época. Foi o primeiro contato oficial do treinador com atletas do futebol nacional.
Desde então, a conexão só se fortaleceu. Em diferentes contextos e gerações, os brasileiros foram peças-chave nas conquistas de Ancelotti, que acumula 32 títulos na carreira. Agora, a relação ganha novo capítulo: pela primeira vez, o técnico comandará a própria seleção brasileira. Uma união que, ao que tudo indica, tem tudo para dar certo.
